São Paulo, sábado, 21 de janeiro de 1995
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Murayama admite atraso no socorro

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro do Japão, Tomiichi Murayama, admitiu ontem que a confusão em seu governo pode ter causado atraso no socorro às vítimas do terremoto.
"Houve alguma confusão porque o terremoto ocorreu muito cedo", disse o premiê durante sessão de emergência do Parlamento.
Murayama afirmou também que eventuais problemas no socorro às vítimas se devem à falta de experiência do governo, no poder há cinco meses, em lidar com desastres de grande proporção.
Vítimas do terremoto e a oposição têm acusado o governo de agir devagar demais e não utilizar recursos suficientes.
No discurso, o premiê também prometeu rever o sistema governamental de administração de crises e designou o ministro da Planificação Terrestre, Kiyoshi Ozawa, para coordenar os trabalhos de resgate e auxílio aos atingidos.
O primeiro-ministro esteve em Kobe pela primeira vez anteontem.
Algumas vítimas disseram não ter recebido qualquer socorro, de tropas do governo ou equipes de resgate, por mais de 36 horas.
O prefeito de Yokohama, Hidenobu Takahide, acusou as autoridades de incapacidade de enviar instruções aos governos locais.
"Ele (Murayama) não vai sobreviver muito tempo depois disto", prevê Kenneth Pyle, diretor da Conferência Nipo-Norte-Americana de Intercâmbio Cultural e Educacional.

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