São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995
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Vendas de fertilizante crescem 10,5% em 94

DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas de adubo alcançaram 10,7 milhões de toneladas em 94 no Centro-Sul do país, 10,5% acima do resultado de 93, segundo estimativa do Siacesp (Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado de São Paulo).
Em 93, o setor havia comercializado 9,7 milhões de t, 15% acima dos números do ano anterior.
Segundo Mário Alves, diretor da Fosfértil, um dos motivos do crescimento foi a recuperação dos preços agrícolas nos últimos dois anos.
"A boa comercialização das últimas safras capitalizou os agricultores, que aumentaram seus gastos com a aquisição de adubo, defensivos, calcário, sementes e máquinas agrícolas", explica.
Outro fator que puxou as vendas do setor de fertilizantes, na opinião de Alves, foi a queda nos preços do adubo, causada pela redução nas tarifas de importação das matérias-primas da indústria.
Para este ano, a expectativa do setor é de que a comercialização eleve-se entre 3% e 5%. "A capacidade de escoamento da produção é limitada", diz Eduardo Daher, diretor da Copas.
Daher afirma, ainda, que os produtores promoveram um aumento expressivo nas compras de adubo nas três últimas safras, o que deve diminuir o incremento nas vendas em 95.
Daher e Alves ressaltam, porém, que uma estimativa mais segura do mercado este ano vai depender da definição das regras de financiamento da safra 95/96.
O diretor da Fosfértil diz que nos últimos dois anos o preço do fertilizante no mercado interno caiu 30% em dólar.
Até 1990, as alíquotas de importação das matérias-primas da indústria atingiam o percentual máximo de 60%.
Mas a abertura do país ao mercado externo a partir de 91 e o Mercosul foram progressivamente baixando as tarifas. Desde agosto passado, as alíquotas máximas alcançam 6%.
Alguns insumos da indústria de fertilizantes tiveram suas alíquotas de importação zeradas. É o caso do superfosfato simples, da rocha fosfáltica, da amônia e dos ácidos sulfúrico e fosfórico.
O Mercosul não terá influência expressiva sobre a indústria brasileira, de acordo com Alves.
Na Argentina, por exemplo, o consumo anual de adubo gira em torno de 300 mil toneladas, pois suas terras agrícolas têm alta fertilidade.

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