São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995 |
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Senador quer efetivar assessores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Trinta funcionários que trabalham para senadores podem ser efetivados sem concurso. O "trem da alegria" está sendo proposto através de um projeto de resolução pelo senador Áureo Mello (PRN-AM).Mello considera "uma injustiça" a demissão desses funcionários. "Há pessoas que estão trabalhando há 12 anos aqui e podem ter que sair porque os senadores estão em final de mandato", argumentou. Mas o próprio senador já duvidava ontem do sucesso do "trem": "Agora que a imprensa está fazendo escândalo isso não deve ser aprovado", lamentou. Maria Tereza Mello, mulher do senador, é uma das funcionárias nesta situação. Mas não seria beneficiada, segundo ele. "Ela tem outro emprego público, de fiscal, e não pode ser efetivada nos dois". A resolução, se aprovada, beneficiaria assessores que foram nomeados por senadores para seus gabinetes entre 1982 e 1987. Estava em vigor um ato que efetivava todos os funcionários nomeados após dois anos de trabalho. Mello sugere a esses funcionários "que ocupem a galeria de honra do plenário do Senado para pressionar a votação". O 1º vice-presidente do Senado, Chagas Rodrigues (PSDB-PI), diz que "a questão é controvertida, humana. Sou a favor dos servidores públicos, mas há quem diga que isso é inconstitucional". Ele não quis dizer se é a favor ou contra o projeto e afirmou que a inclusão dele na pauta de votação depende do presidente do Senado, Humberto Lucena (PMDB), que passou o dia de ontem na Paraíba. A assessoria técnica do PT afirma que o projeto fere o artigo 19 das Disposições Transitórias da Constituição. Texto Anterior: OAB tenta barrar posse de anistiados Próximo Texto: Folha faz debate sobre Congresso Índice |
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