São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995
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FHC pede estudo a ministério

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso encomendou ao Ministério da Previdência estudo sobre a viabilidade de incorporação do abono de R$ 15 ao salário mínimo de R$ 70.
Ele condiciona a decisão, solicitada pelos partidos governistas no Congresso, ao parecer técnico da Previdência. A Folha apurou que o parecer será contrário.
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai vetar o aumento ao salário mínimo, aprovado pelo Congresso Nacional.
Para amenizar o ônus político deste veto, o governo chegou a estudar a possibilidade de incorporar ao valor do mínimo o abono de R$ 15, concedido para vigorar apenas em janeiro.
Na prática, isso significaria apenas um adiantamento do reajuste a ser concedido em maio próximo, calculado com base na variação acumulada do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) desde julho do ano passado.
Ou seja, o valor do abono incorporado seria depois descontado do aumento obrigatório, previsto na lei 8.880.
Esta idéia esbarrou na dificuldade de caixa da Previdência Social. O ministério alega que não teria condições de pagar benefícios aos aposentados e pensionistas.
Além disso, os Estados e municípios mais pobres do país não teriam receita suficiente para bancar a folha salarial de seus funcionários com um mínimo de R$ 85,00.
O receio de um repique da inflação em janeiro também brecou a estratégia de incorporação do abono ao salário mínimo.

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