São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995
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Calor preocupa comissão técnica brasileira

ESPECIAL PARA A FOLHA

O calor boliviano pode ser o principal adversário da seleção brasileira de juniores na disputa da fase final do Campeonato Sul-americano da categoria.
No último domingo, durante a partida entre Chile e Argentina, às 15h, a temperatura em Santa Cruz de la Sierra beirava os 40 graus centígrados.
Enquanto isso, a umidade relativa do ar chegou, ontem, a 92%, índice considerado "sufocante" pelo médico da seleção brasileira, Arthur Jordy.
O calor, que já surpreende até mesmo os habitantes da cidade, preocupa a comissão técnica da equipe brasileira.
"As altas temperaturas e a umidade elevada irritam os jogadores mais facilmente", disse o treinador brasileiro, Jairo Leal.
"Tivemos de ter cuidados especiais e conversar muito com a equipe para que saiba enfrentar, além da catimba e da violência de alguns adversários, também o calor", acrescentou.
"Com tanto calor, há sempre o perigo de desidratação. Estamos tomando todos os cuidados para que isso não aconteça", disse Arthur Jordy.
O calor também foi uma das principais queixas das equipes que disputaram a Copa do Mundo dos EUA, entre junho e julho do ano passado.
As partidas eram marcadas, muitas vezes, para o meio-dia (horário local), devido às transmissões de TV para a Europa.
No Sul-americano de juniores, a reclamação dos técnicos do Chile e da Argentina são as mesmas. Segundo eles, interesses comerciais se tornaram mais importantes que a saúde dos jogadores.

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