São Paulo, terça-feira, 24 de janeiro de 1995![]() |
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Terremoto O terremoto que devastou o Japão na semana passada serviu para desmantelar o mito segundo o qual as consequências desse tipo de catástrofe natural atingem mais duramente os países do Terceiro Mundo. É até bastante provável que um abalo como esse na Índia ou no México provocasse consequências ainda piores, mas 5.000 mortos e mais de 25.000 feridos além dos fabulosos prejuízos econômicos representam uma cifra alta demais para ser ignorada. E o Japão é um dos países mais ricos do mundo, investia bastante em pesquisas geodinâmicas e gabava-se de possuir uma sofisticada tecnologia de construção antitremor, além de realizar treinamentos periódicos contra terremotos com a população. Tudo isso pode e deve ter ajudado. Mas menos do que os próprios japoneses esperavam. E, se os abalos ocorrem independentemente da vontade e organização dos japoneses, os trabalhos de resgate e auxílio às vítimas são de sua exclusiva responsabilidade. As falhas até aqui observadas comprovam que burocracia, lentidão e incompetência não são exclusividade do Terceiro Mundo. Texto Anterior: Mordomia de volta Próximo Texto: Pulp fiction Índice |
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