São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Banco Central vai reformular diretoria

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BC (Banco Central), Pérsio Arida, 42, prepara uma reformulação de nomes e cargos na diretoria da instituição.
A nova equipe deverá ter mandato fixo de no mínimo quatro anos. Dois diretores podem ser substituídos, e há intenção de criar o cargo de vice-presidente do BC.
Para a vice-presidência do BC, que terá a função de cuidar da administração diária do banco, Arida convidou o economista Gustavo Loyola, ex-presidente da instituição no início do governo Itamar.
Segundo a Folha apurou, Loyola ainda não respondeu se aceita.
A fixação de mandatos para a diretoria do BC será proposta ao Congresso em fevereiro.
Segundo uma das versões do projeto, os mandatos vão variar de quatro a seis anos –de forma que haja uma substituição anual na diretoria.
A equipe econômica considera os mandatos para a diretoria do BC uma forma de atenuar as pressões políticas sobre o órgão, especialmente agora que há planos de aprofundar as intervenções em bancos estaduais.
No caso da criação do cargo de vice-presidente do BC, a idéia da equipe é liberar Arida e diretores, como Gustavo Franco (Assuntos Internacional) e Francisco Lopes (Pesquisa Econômica), para a formulação e planejamento, sem o acúmulo de funções burocráticas.
Como há intenção de manter uma diretoria permanente durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a tendência é substituir diretores sobre os quais há dúvidas sobre sua permanência em Brasília pelos próximos quatro anos.
É praticamente certa a saída do diretor de Fiscalização, Édson Sabino, funcionário aposentado do BC que deseja voltar a morar em Belo Horizonte.
O nome mais forte para substituir Sabino é o de Adílson Rodrigues, funcionário de carreira do BC elogiado por seu trabalho na CPI do Orçamento.
Rodrigues é chefe do Departamento de Fiscalização do BC e foi convidado para a diretoria em 94, pelo ex-presidente do BC Pedro Malan, hoje ministro da Fazenda.
Também pode deixar o BC o diretor de Política Monetária, Alkimar Moura. Ele enfrenta problemas com os salários pagos hoje pelo BC, na casa de R$ 3.000. O diretor cogita voltar à iniciativa privada, em São Paulo.

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