São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995![]() |
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Governo pressiona setor elétrico
LUCAS FIGUEIREDO
O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia), 46, deu prazo até sexta-feira para que estas subsidiárias apresentem uma proposta de pagamento dos débitos. Segundo ele, as 18 empresas do setor devem hoje R$ 1,5 bilhão ao sistema Eletrobrás. Brito afirmou que 76% desses débitos são da Cesp e Eletropaulo, de São Paulo. "Essas dívidas são inconcebíveis", disse. Brito afirmou que não vai tolerar mais nenhum atraso nos pagamentos à estatal relativos ao fornecimento regular de energia e encargos das dívidas. Semana passada, os governadores haviam fechado um acordo com o Planalto para que as empresas estaduais do setor pudessem ter suas concessões renovadas por mais 20 anos. A renovação da concessão, no entanto, ficará condicionada ao saneamento das dívidas. Brito afirmou que "só a má gestão e a falta de prioridade no pagamento desses compromissos podem ter provocado novos atrasos". As concessões do setor energético vencem no prazo médio de dois a cinco anos. É provável que algumas empresas não consigam a renovação da concessão devido a dificuldades para quitarem suas dívidas. Ontem, a Enersul (Empresa de Energia Elétrica do Mato Grosso do Sul) assinou um termo de ajuste de contas com a Eletrobrás. A dívida da empresa (R$ 35 milhões) começou a ser paga dia 5 deste mês. Pelo termo de acordo, a Enersul terá que pagar o restante do débito em 15 parcelas mensais a partir do dia 31 de janeiro, e não atrasar mais nenhum pagamento. A Cesp e a Eletropaulo também estão em entendimento com a Eletrobrás para programar o início do pagamento. Texto Anterior: Banco Central vai reformular diretoria Próximo Texto: Americanos atacam brasileiro de 50 mil anos Índice |
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