São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Alagoano 'congela' no Ceagesp e baiano 'derrete' no Belenzinho; Quente

DA REPORTAGEM LOCAL

Alagoano 'congela' no Ceagesp e baiano 'derrete' no Belenzinho
O alagoano José Horácio Guerra, 39, mudou-se para São Paulo com 21 anos. Veio fugindo da seca nordestina e hoje trabalha a uma temperatura de inverno esquimó.
Guerra é há dez anos operador de empilhadeira no frigorífico da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo) e trabalha a uma temperatura de até -30º C.
"Não imaginava que a vida aqui em São Paulo seria tão diferente." Casado e com três filhos, ele diz que pior coisa em São Paulo não é o frio, mas a saudade da mãe, que ficou em Alagoas.

Eurico dos Santos, 38, trabalha há 25 anos no calor de uma indústria de vidro. Ele é mestre de vidraria e vive numa temperatura ambiente mínima de 40º C.
Santos trabalha há 16 anos na Firenze, uma das seis indústrias manuais de vidro da cidade. Todas no Belenzinho (zona leste).
"Nunca mais voltei para a Bahia. Desde que eu cheguei em São Paulo, Santos foi o lugar mais longe que eu fui", diz.
"Adoro São Paulo, não tenho do que reclamar. Fui criado aqui e não saio daqui."

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