São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 1995
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Premiê do Japão sofre pressão para renunciar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Premiê do Japão sofre pressão para renunciar
O governo do premiê socialista Tomiichi Murayama voltou a ser atacado pela demora em auxiliar as vítimas do terremoto.
Um grupo de 11 parlamentares do oposicionista Partido da Nova Fronteira pediram a renúncia do governo japonês.
O governo declarou Kobe, cidade mais atingida, zona de emergência, o que permite o custeio federal de parte da reconstrução.
Economistas disseram que o mercado financeiro ficará instável nos próximos dias. Há um grau muito grande de incerteza, disse Robert Feldman, economista-chefe da Salomon Brothers Asia.
Para Manji Ueda, gerente-geral da Nomura Securities, o mercado de Tóquio pode continuar volátil esta semana. Ontem o índice Nikkei subiu 1,55%, depois de uma queda de mais de 5% anteontem.

Suicídio
O funcionário público encarregado de restaurar serviços de água em Kobe morreu ontem depois de cair da janela de seu escritório, no quarto andar de um prédio.
Ele teria se suicidado por causa do fracasso em restaurar rapidamente o suprimento de água da cidade após o terremoto do dia 17.
A polícia disse que corpo de Takashi Nakanishi foi encontrado por colegas diante do prédio do departamento de água, no reservatório Okuno, ao norte de Kobe.
Na noite de ontem, mais da metade das 650 mil residências de Kobe ainda estavam sem água.
Depois do terremoto, cerca de 200 incêndios danificaram a cidade e os bombeiros responsabilizaram a falta d'água pela dificuldade em combater o fogo.
O número de mortos subiu para 5.063, com 68 pessoas ainda desaparecidas. Entre os estrangeiros, os mortos são pelo menos 167.
Pedaços de madeira foram encontrados dentro de pilares de concreto da linha do trem-bala danificada pelo terremoto. Segundo a agência Kyodo, o governo vai investigar se a madeira ajudou a enfraquecer os pilares.

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