São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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Polícia tenta identificar suspeitos de invadir hospital e libertar adolescente

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A polícia de Novo Hamburgo (RS) está procurando identificar os suspeitos de invadir o Hospital Geral da cidade para libertar um adolescente baleado sob custódia policial. A polícia quer pedir à Justiça mandados de busca e apreensão dos suspeitos.
Segundo a polícia, os integrantes da quadrilha devem estar em suas casas, em vilas da cidade, onde haveria armas e drogas.
A invasão ocorreu na madrugada de anteontem. Quatro homens armados resgataram F.R.C., 17, acusado de assalto, que estava internado sob vigilância da polícia, convalescendo de um ferimento por tiro.
A quadrilha entrou pelos fundos do hospital municipal e rendeu o soldado PM que vigiava F.R.C., obrigando-o a tirar as algemas do jovem. Dois vigias do hospital ouviram barulho e foram até a enfermaria.
Os quatro homens deram tiros, ferindo o PM e os vigias Wilson dos Santos e Marino Wasen. Os três também foram atingidos por coronhadas. Nenhum ficou ferido com gravidade.
Foram disparados mais de dez tiros dentro do hospital, provocando pânico. Cinco pacientes estavam na enfermaria e não foram atingidos. Os criminosos demoraram cerca de dez minutos para fazer o resgate do jovem. Segundo testemunhas, eles fugiram em duas motos.
O delegado Mauro Vasconcellos, que está cuidando do caso, disse que a quadrilha é formada por jovens com idade entre 14 e 19 anos, moradores da Vila Brás, em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre.
Vasconcellos considerou "audaciosa" a invasão do hospital.
F.R.C. é acusado de ter participado, na quinta-feira da semana passada, de um assalto à galeteria D'Itália, no centro da cidade. Outro acusado de participação naquele assalto, Ademir Borges Santos, 18, foi perseguido pela polícia, levou um tiro e morreu no último domingo.

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