São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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IPC-r atinge 1,67% em janeiro e acumula 24,1%

DA REDAÇÃO

O IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em real) de janeiro ficou em 1,67%, anunciou ontem no Rio o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com este resultado, 0,52 ponto percentual abaixo do de dezembro, o IPC-r acumula uma variação de 24,11% desde julho de 94, quando foi lançada a nova moeda.
Este percentual serve para corrigir os salários de categorias com data-base em fevereiro. Devem também ser calculadas perdas em URV, conforme regras estabelecidas pela lei 8.880/94. Na segunda data-base após o real haverá livre negociação, ou seja, a aplicação do IPC-r aos salários não será mais obrigatória.
O IPC-r também reajusta as aposentadorias e pensões do INSS, mas o índice (acumulado de julho de 94 a abril de 95) só será aplicado em maio. Com inflação média de 1,5% ao mês, chegaria a 29,78% até lá.
O IBGE não divulgou o IPCA-Especial junto com o IPC-r porque, segundo o órgão, a medida provisória 812 determina que isto ocorrerá trimestralmente. A Ufir (Unidade Fiscal de Referência), atrelada ao IPCA-E, também será corrigida desta forma.
Segundo o IBGE, a queda do IPC-r entre dezembro e janeiro foi motivada, basicamente, pelo recuo do item alimentação e bebidas, que caiu de 2,16% para 0,81%.
O índice reflete o custo de vida de famílias com renda entre um e oito salários mínimos (como o INPC) e sua pesquisa é realizada em 11 regiões urbanas do país. A coleta de preços foi feita entre 15 de dezembro e 13 de janeiro. Os preços médios deste período, comparados com a média dos 30 dias imediatamente anteriores, resultaram na taxa de 1,67%.
No item alimentação, as quedas mais importantes foram do feijão, carnes e leite e derivados. Mas a menor variação foi do grupo transporte e comunicação, com -0,48%.
O maior resultado, informou o IBGE, ficou com vestuário (3,13%), com destaque para roupas masculinas (4,04%), femininas (4,39%) e infantis (4,28%).
No item habitação, aluguel pressionou menos em janeiro, com 4,25% (em dezembro, 5,32%).
Já no grupo serviços pessoais, com 3,08%, a pressão maior veio de despesas pessoais (9,07%).
Eletrodomésticos e equipamentos (4,23%) e serviços médicos e odontológicos (4,12%) também foram destacados pelo IBGE por suas variações acima da média.
Entre as regiões onde foi feita a pesquisa de preços, a liderança da inflação ficou com Belo Horizonte (2,34%). O IPC-r regionais mais baixo foi o do Rio de Janeiro (1,06%). São Paulo registrou 1,44% e Curitiba, 1,45%.

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