São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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Investimento volta à era do 'milagre'

CRISTIANE PERINI LUCCHESI; FÁTIMA FERNANDES; JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os investimentos devem chegar a 21% do Produto Interno Bruto (PIB) em 95, segundo avaliação do economista Cláudio Contador e do diretor da Fiesp, Horácio Lafer Piva. No auge do "milagre econômico", este percentual bateu em 25,7%. Em 93, era de 16,2%.
Levantamento feito pela Folha mostra que os investimentos reservados por apenas 48 empresas dos mais diversos setores atingem R$ 5,6 bilhões este ano.
Os empresários estão estimulados pela estabilidade econômica e crescimento do consumo, provocados pelo Plano Real.
"Hoje, a expansão se tornou uma questão de sobrevivência para as empresas", diz o economista Cláudio Contador, da publicação "Indicadores Antecedentes".
Para ele, ficou para traz a política de restringir a produção para aumentar o lucro. "A economia é mais competitiva" com a abertura.
Contador cita o crescimento da importação de máquinas (um indicador da retomada) para mostrar uma diferença qualitativa entre o Brasil e México. "Lá, o déficit foi produzido com a importação de bens de consumo."
Mas, apesar das diferenças, a crise do México pode levar os investidores estrangeiros a reverem suas metas de expansão para toda a América Latina, inclusive Brasil.
Para 96, se o as reformas do Estado forem realizadas, os investimentos vão atingir pico do "milagre econômico", chegando a 25% do PIB, diz Piva.
Há uma diferença essencial entre o atual ciclo e o do "milagre". Desta vez, quem puxa é o setor privado e não o Estado e o endividamento externo.
Piva diz que vão liderar este processo de expansão os setores de construção civil, de bens de consumo e de bens de capital.

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Sobre investimentos na pág. 2-4

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