São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995
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Americanos apóiam propostas de Clinton

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A maioria absoluta dos norte-americanos que ouviram anteontem o seu discurso sobre o estado da União (83%) acham que o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, deu ao país a direção correta em seu pronunciamento.
Os números, divulgados pela rede CNN de televisão, que fez a pesquisa, são idênticos aos de enquete similar no ano passado, que mediu a reação do público ao primeiro discurso de Clinton sobre o estado da União.
Após os mais importantes discursos de seus dois anos de governo, Clinton tem recebido o apoio maciço da opinião pública.
Mas passadas algumas semanas, a avaliação dos norte-americanos sobre ele se deteriora.
A Casa Branca espera, é claro, que desta vez seja diferente. O presidente e seus ministros saíram pelo país em ritmo de campanha eleitoral, para tentar obter adesão às novas propostas de Clinton.
Elas incluem: aumento do salário mínimo, isenções no imposto de renda para gastos em educação, cortes em gastos públicos federais, incentivo a programas de voluntariado social.
Foi a primeira vez em 47 anos que um presidente do Partido Democrata discursou diante de um Congresso dominado pelo Partido Republicano. A última vez que isso aconteceu, o presidente era Harry Truman.
Diversas vezes, as tradicionais ovações que interrompem com frequência o discurso sobre o estado da União, tiveram clara divisão partidária: apenas os democratas se levantavam para aplaudir o presidente Clinton.
Mas em muitos pontos, Clinton recebeu palmas dos congressistas dos dois partidos.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Newt Gingrich, arqui-rival de Clinton, se levantou com frequência para aplaudir o presidente.
Como a governadora de Nova Jersey, Christine Todd Whitman, ressaltou na resposta que deu ao presidente em nome do partido de oposição, "Clinton parece ter adotado muitas das idéias do Partido Republicano".
Clinton prometeu combater a imigração ilegal, cortar assistência social a desempregados após dois anos sem trabalho, forçar mães adolescentes a viver com os seus pais em vez de depender da ajuda do Estado.

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