São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Cerimônias começam hoje
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Chefes de Estado de 20 países e vencedores do Prêmio Nobel participarão entre hoje e amanhã das cerimônias em memória às vítimas do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau (sul da Polônia).A principal cerimônia será amanhã, cinquentenário da libertação do campo por tropas soviéticas, no Memorial de Birkenau. Participarão 16 presidentes, entre eles Roman Herzog (Alemanha), Vaclav Havel (República Tcheca) e Lech Walesa (Polônia). Também estarão presentes quatro monarcas e membros de famílias reais, prêmios Nobel, entre eles Elie Wiesel, representantes de organizações judaicas e milhares de ex-internos. Líderes judaicos, que acusam as autoridades polonesas de se apropriarem da cerimônia e tentar cristianizar o Holocausto, organizam cerimônia paralela hoje. Para Andrzej Zakrzewski, coordenador polonês da cerimônia, cada um pode rezar como quiser. Segundo Arnold Mostowicz, da Associação de Antigos Combatentes da Polônia, os judeus teriam preferido menos fausto e mais respeito pelo caráter judaico, mundialmente reconhecido, do que ocorreu em Auschwitz. Começou ontem à noite em Hamburgo (Alemanha), uma conferência internacional com o nome Os Ecos do Holocausto. O prefeito Henning Voscherau disse ter esperança de que a lembrança do assassinato de milhões de judeus seja educativa e não apenas expressões de arrependimento da parte dos alemães. Rússia O presidente Boris Ieltsin assinou ontem o decreto de reabilitação de 1,5 milhão de ex-prisioneiros soviéticos da Segunda Guerra. Libertados de campos alemães pelo avanço do Exército Vermelho, os soldados foram deportados para campos soviéticos, acusados de rendição, espionagem ou colaboração com os nazistas. Texto Anterior: General da URSS relata tomada de Auschwitz Próximo Texto: PERGUNTAS E RESPOSTAS Índice |
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