São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 1995 |
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Chegam em vídeo óperas com Luciano Pavarotti e Cecilia Bartoli
IRINEU FRANCO PERPETUO
Ambas são filmagens de palco, sendo "Tosca" de 1993 e o "Barbeiro" de 88. As cópias estão legendadas em português, embora, no "Barbeiro", as legendas em nossa língua, em amarelo, se sobreponham às legendas em inglês, em branco. O vídeo de "Tosca", de Puccini, é uma filmagem –cuja edição deixa a desejar– da Rai Due de uma encenação de gala ocorrida em Roma. Na platéia, ilustres políticos europeus como François Miterrand e Helmut Kohl. Raina Kabaivanska não possui mais o mesmo vigor e o fraseado às vezes falha. Cenicamente, entretanto, ainda é uma presença forte e sua Tosca é plenamente convincente. Mais equilibrada é a montagem de Colônia de "O Barbeiro de Sevilha". A começar pelo maestro Gabriele Ferro. Cecilia Bartoli é o destaque, com sua completa correspondência à descrição que Figaro faz de seu personagem, Rosina: "Gordinha, geniosa, faces rosadas, cabelos negros, mãos que falam, olhos que inamoram". Há mais. Há a enorme facilidade da mezzo-soprano para cantar coloraturas, que a transformam em uma das maiores intérpretes rossinianas da atualidade. Gino Quilico é um Figaro vocalmente limitado. No vídeo, entretanto, seu histrionismo cênico acaba convencendo. O vídeo funciona, mas perde para outras alternativas do mercado. Como a excelente filmagem de Ponnelle regida por Claudio Abbado, com Herman Prey, Tereza Berganza e Luigi Alva. Vídeos: "Tosca" e "Il Barbiere di Siviglia" Lançamento: BMG Vídeo Distribuição: United Films Texto Anterior: Teatro perde funcionários Próximo Texto: TVs pagas investem na música clássica Índice |
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