São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Sabesp recua e corta já 490 funcionários

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) recuou da decisão de realizar demissão em massa na empresa –que tem no momento 22 mil funcionários.
No último dia 20, a companhia estava disposta a cortar 2.300 empregados de forma imediata, conforme antecipou a Folha. Os sindicatos reagiram, houve negociação e agora vão sair 490 funcionários, a partir de segunda-feira.
A Sabesp vai demitir mesmo cerca de 120 pessoas. Setenta delas são funcionários comissionados em outros órgãos e que nunca pisaram na empresa (no linguajar tucano, os "fantasmas estáveis").
Os outros 50 são aqueles que trabalharam na estatal, mas que também estavam emprestados.
Mais 375 serão devolvidos ou transferidos para outros órgãos a partir da segunda-feira. Duzentos deles, que atuavam no Programa do Menor de estatais, serão assumidos pela Secretaria de Bem-Estar Social. O restante (175), que estava cedido à Sabesp, será recambiado aos órgãos de origem.
Na segunda-feira começa também o "programa de demissão voluntária". Estima-se que até 1.300 empregados aceitem sair da empresa por conta própria até 6 de fevereiro, prazo final de inscrição.
Além dos encargos trabalhistas, a Sabesp se dispõe a pagar um salário a mais para quem tiver mais de três anos na companhia e dar assistência médica por três meses.
Se houver mesmo 1.300 voluntários, 1.790 pessoas podem deixar a empresa em uma semana.
A companhia ainda vai cortar do salário de 48 assessores a gratificação pelo cargo já em fevereiro.
No processo de corte de gastos, a Sabesp vai reduzir um terço dos cargos gerenciais, que envolvem hoje 350 pessoas.

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