São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Casos de dengue crescem em Rio Preto

DA FOLHA NORTE

O Ersa (Escritório Regional de Saúde) de São José do Rio Preto (451 quilômetros a noroeste de São Paulo) já registrou este ano na cidade mais casos de dengue que durante todo o ano passado.
Foram notificados 151 casos da doença este ano, contra 105 em 94. Segundo a Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), existe em Rio Preto também um caso suspeito de dengue hemorrágica, que pode levar à morte.
Os exames, que estão sendo feitos pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, devem ficar prontos na próxima semana.
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. A procriação do mosquito acontece em locais que tenham água parada.
O diretor da Vigilância Epidemiológica do Ersa de Rio Preto, Cássio da Silva Mello, 66, disse que os principais focos da doença estão nos bairros Jardim Maria Lúcia e Jardim das Oliveiras.
Ele disse que o fato de conhecer o local do criadouro do mosquito Aedes aegypti é uma vantagem no combate à doença.
"Temos de erradicar os insetos quando eles ainda são larvas. Sabemos que os criadouros estão concentrados em um pequeno local e estamos combatendo."
Além dos casos confirmados, outros 28 foram notificados ontem. O número de suspeitos de terem a doença chega a 384.
"As confirmações de mais casos já eram esperadas porque temos feito muitos exames de sangue em moradores da área afetada que têm os sintomas da doença."
A Sucen deve intensificar o combate à doença no início da próxima semana. Cerca de 100 mil panfletos estão sendo distribuídos de casa em casa explicando o "mutirão de limpeza", que durará cerca de dez dias para erradicar das casas possíveis criadouros.
Três caminhões e 21 homens estarão recolhendo materiais que podem acumular água, tornando-se "criadouros potenciais" do mosquito. A operação será iniciada na próxima segunda-feira.

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