São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
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Cancelamento deixa Rita 'frustradíssima'
SÉRGIO MALBERGIER
Ao deixar o estádio debaixo da chuva forte, a cantora, bem-humorada, disse: "Dessa vez foi overdose de chuva". E completou: "Amanhã venho de escafandro". Já o empresário de Rita, Leonardo Neto, disse à Folha que houve falta de organização para proteger os músicos brasileiros. "O problema é que a estrutura toda dos Stones é feita para acontecer até debaixo de tempestade. Nós e o Barão Vermelho temos que ficar ao ar livre. Ninguém pensou na chuva", disse o empresário. Ele afirmou que a produção dos Rolling Stones pressionou bastante para que o show não fosse cancelado, chegando a haver momentos "ríspidos" na discussão. A negociação envolveu Leonardo Neto, Paulo Rosa (diretor da Promoter) e a produção dos Stones. Neto argumentou que não havia condições de tocar com o palco encharcado. "Não havia ninguém que queria tocar mais do que nós. A Rita está frustradíssima", disse Neto. "Perguntei se a produção poderia garantir nossa segurança e o funcionamento dos equipamentos. Eles não garantiram e decidimos que não havia condições", disse. "O Barão só tocou porque eles começaram antes da chuva forte. Houve várias falhas do equipamento durante o show e o baixo parou de tocar várias vezes.". Os músicos da banda chegaram a ir até o fundo do palco para entrar. Só Rita ficou no camarim. "Dos males o pior", disse o baixista Lee Marcucci. "Poderia ser pior entrarmos com chuva e dar tudo errado"', afirmou Marcucci. Carvalho diz que a frustração de não tocar é grande por causa dos dois meses de ensaio. Texto Anterior: Tempestade espanta público do estádio Próximo Texto: Spin Doctors toca na hora da chuva Índice |
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