São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Índice da Fipe registra inflação de 1,12%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A taxa de inflação no município de São Paulo continua surpreendendo até mesmo os técnicos mais experientes em previsões.
Os dados divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostraram que a taxa mantém desaceleração e está bem abaixo das previsões iniciais para o mês.
O Índice de Preços ao Consumidor da Fipe registrou taxa de 1,12% nos últimos 30 dias terminados em 23 de janeiro, inferior ao 1,19% registrado até o dia 15.
Com esta nova desaceleração, a previsão dos técnicos da Fipe é de taxa próxima a 1% para janeiro. No início do mês a previsão era de 1,5% a 2%.
A taxa de inflação continua caindo devido à menor pressão dos alimentos, dos custos com habitação e com vestuário.
Os alimentos recuaram 0,12% no período, puxados para baixo principalmente pelos produtos semi-elaborados (-2,03%). Neste setor, as maiores quedas de preços ficaram com feijão (-10%) e carne bovina (-8%).
A queda dos alimentos semi-elaborados compensou a aceleração de preços dos produtos "in natura". Na terceira quadrissemana de janeiro os paulistanos pagaram 2,22% mais por verduras, legumes e frutas.
Estes produtos tradicionalmente sobem neste período do ano. A alta é provocada pela entressafra de alguns produtos e problemas de abastecimento em outros, devido ao excesso de chuvas.
Os custos com habitação também estão em queda. Passado o final de ano, quando os custos com condomínio e empregados domésticos sobem, o item manutenção do domicílio subiu apenas 0,8% na terceira quadrissemana, contra 1,61% em dezembro.
O índice da Fipe começa a registrar menor pressão também nos aluguéis. Esse item, que liderou as altas nos primeiros seis meses do Plano Real, com evolução média de 11% ao mês, agora está com elevação de 7,8%.
Heron do Carmo, assistente de coordenação do IPC, diz que a tendência é de redução desta taxa –mas lentamente. Existem contratos ainda com preços abaixo da média de mercado, afirmou.
No setor de vestuário os preços ficaram estáveis (alta de apenas 0,05%) na quadrissemana. Estes produtos iniciaram o mês com tendência de alta.

Texto Anterior: México volta a pressionar as Bolsas
Próximo Texto: Supermercados têm preços em queda
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.