São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Câmara do México limita endividamento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Câmara dos Deputados do México aprovou ontem o limite de US$ 26,5 bilhões para o endividamente externo do governo em 95 e estabeleceu que a emissão de bônus do Tesouro (Tesobônus) durante este ano não pode exceder 15% da dívida pública total.
Os Tesobônus são instrumentos do governo para financiar o déficit interno.
Em consequência da crise, a Volkswagen informou ao sindicato que vai demitir 1.400 funcionários da área administrativa. A demissão vai afetar 35% do pessoal de "confiança". A Volkswagen anunciou também que deve suspender as atividades no próximo dia 17 de fevereiro, por um período ainda não definido.
O sindicato informou ainda que a General Motors pode fechar sua fábrica nos primeiros meses deste ano e deixar sem emprego 2.000 pessoas. Os trabalhadores da empresa reivindicam 25% de aumento salarial.
Ontem, as instituições financeiras J.P. Morgan –maior banco de negócios dos Estados Unidos e o Citibank –maior banco do país–, negociavam com a Cemex (Cimentos Mexicanos S.A.), uma injeção financeira de US$ 500 milhões para ajudar a companhia a superar uma eventual falta de liquidez.
No mercado de câmbio, a cotação do peso melhorou um pouco em relação ao dólar, que foi cotado a 5,80, ante os 5,90 da véspera.
Nos Estados Unidos, o Congresso continua reticente e pouco receptivo a aprovação da ajuda financeira ao México. Segundo o presidente da Câmara, Newt Gingrich, a Casa Branca não está convencendo a sociedade da necessidade do empréstimo.

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