São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Clubes vão discutir se constroem novo estádio
HUMBERTO SACCOMANDI
O encontro será realizado na próxima quinta-feira e está sendo promovido pela Federação Paulista de Futebol (FPF). Estão sendo convidados os presidentes dos seguintes clubes: Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa, Juventus e Nacional. O movimento pela construção de um novo estádio na capital está sendo liderado pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, com o apoio da FPF. O novo estádio seria construído por um pool de clubes e administrado pela FPF. "Primeiro vamos ver se os clubes têm interesse. Se tiverem, vamos contratar uma empresa de merchandising para elaborar um projeto", disse ontem à Folha Eduardo José Farah, presidente da FPF. Farah admite que o São Paulo é, de antemão, o clube que deverá se interessar menos pelo negócio, já que possui o Morumbi, maior estádio paulista. "Mas seria indelicado não convidar o São Paulo, pela sua importância", disse Farah. Merchandising Segundo ele, uma empresa de merchandising "competente" poderia viabilizar o estádio com recursos vindos principalmente da iniciativa privada. O objetivo é restringir ao mínimo a necessidade de contribuição dos clubes e da FPF. O dirigente espera ainda obter concessões da Prefeitura de São Paulo, como isenção do IPTU e apoio em campanhas, para levantar recursos. "Até a CBF tem interesse, pois isso abre caminho para o Brasil sediar uma Copa", disse Farah. Outras formas de arrecadar recursos seriam a venda de cabines para rádios e TVs e a venda de cadeiras cativas. As cativas, porém, não seriam vitalícias, como as do Morumbi. Valeriam por período limitado e somente para jogos do clube do proprietário da cadeira. O projeto prevê ainda o aproveitamento comercial de áreas adjacentes ao estádio. As articulações com outros clubes foram confirmadas à Folha na última quarta por Dualib. Ele e Farah começaram a discutir o assunto há dez dias. "São Paulo não pode ficar sem um grande estádio", disse Farah na quarta. Naquele dia, Corinthians e Ponte Preta disputaram a final da Copa São Paulo. O jogo teve de ser realizado no Canindé, pois o Morumbi está interditado e o Pacaembu está ocupado com o show dos Rolling Stones. O resultado foi a superlotação do estádio da Portuguesa. Milhares de torcedores corintianos ficaram de fora, por falta de lugar. "High tech" A idéia inicial é construir um estádio "high tech" para cerca de 70 mil pessoas. Como dimensão, ele se situaria entre o Pacaembu e o Morumbi. "Queremos fazer um estádio confortável, prático e seguro, no qual o torcedor saiba onde vai sentar, onde fica o banheiro, etc", disse Farah. A FPF ainda não tem em vista nenhum bairro em particular na cidade. Os pré-requisitos são: ter boa área para estacionamento e fácil acesso, se possível próximo a uma estação de metrô. Texto Anterior: Clube procura atacante para o lugar de Tréllez Próximo Texto: Agassi joga amanhã final na Austrália Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |