São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 1995
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Pavarotti lota show no Rio com 'megahits' da ópera

CRISTINA GRILLO
DA SUCURSAL DO RIO

Um público pouco afeito a concertos de música clássica lotou o Metropolitan (Barra da Tijuca, zona sul do Rio) anteontem à noite para a apresentação de Luciano Pavarotti, 59.
O repertório –uma espécie de "Pavarotti's Greatest Hits", com canções e árias populares– agradou as cerca de 4.200 pessoas que pagaram ingressos com preços entre R$ 200 e R$ 550.
"O Sole Mio", de Di Capua, e "Granada", de Lara, foram as canções mais aplaudidas do programa. Durante duas horas, foram apresentadas 21 peças. Quinze foram interpretadas por Pavarotti. As restantes, pelo flautista Andrea Griminelli, solista que acompanha o tenor nesta vinda ao Brasil, e pela Orquestra Sinfônica Brasileira.
Como é de praxe em recitais de música clássica, Pavarotti não ficou todo o tempo em cena. Depois de uma ária, deixava o palco para descansar as cordas vocais. O entra-e-sai deixou "nervosa" a modelo Adriane Galisteu, 21.
"Ele não devia ter parado tanto. Fiquei aflita, queria que ele cantasse tudo de uma vez", disse.
Apesar da proibição de fumar, mostrada em dois grandes telões, algumas pessoas insistiram em acender seus cigarros nos bares, o que irritou o tenor. No intervalo da apresentação, exigiu dos organizadores uma providência.
Um apelo ao público fumante foi feito por um funcionário do Metropolitan. Por causa da fumaça, Pavarotti levou 25 minutos para voltar ao palco.
Ele dedicou "Tra Voi Belle", da ópera "Manon Lescaut" (Puccini), às mulheres do Rio. "Nunca vi outras tão bonitas como as que vi aqui", disse.
Em um dos camarotes, o cantor Roberto Carlos, acompanhado da mulher, Maria Rita, aplaudia em pé. Também estiveram no Metropolitan o governador e o prefeito do Rio, Marcello Alencar e César Maia, e o governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo.

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