São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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Covas e PMDB querem apoio do PT para eleger presidente da Assembléia
CARLOS MAGNO DE NARDI
Covas e Fleury querem garantir a presidência da Assembléia. O tucano para tentar assegurar a tramitação de seus projetos e o ex-governador para manter o mínimo de influência na política paulista. O atual governador já tem seu candidato, o deputado Ricardo Trípoli. No PMDB, aparecem como postulantes Paschoal Thomeu, ex-prefeito de Garulhos, e Mauro Bragato, deputado reeleito. O grupo de Fleury, porém, acredita que um terceiro nome possa surgir na disputa. É que os petistas rechaçam qualquer possibilidade de apoio a Thomeu e Bragato enfrenta resistências do PMDB por ter um bom trânsito entre os tucanos. A tendência no PT, segundo o seu presidente nacional, deputado estadual Rui Falcão, é compor com o PSDB. "Até porque há setores do PMDB onde não encontramos sintonia", diz. Pelo pacto entre tucanos e petistas, o PSDB ficaria com a presidência da Assembléia e o PT com a 1ª secretaria, os cargos mais importantes da Casa. Falcão afirma que, independente de cargos na Mesa da Assembléia, o PT tem discutido com o PSDB e com o PMDB a partir de propostas. Entre elas a independência do Legislativo frente ao novo governo, a informatização da Casa e a discussão prévia dos projetos a serem votados. Para Rui Falcão, porém, a composição para a presidência da Assembléia não tem relação com um eventual apoio a Covas. "O PT é oposição ao governo." O Legislativo paulista terá a partir deste ano 94 deputados –a maioria é de 48 votos. Juntos, PSDB e PT teriam 34 deputados. Os partidos que se coligaram aos dois têm mais sete parlamentares –quatro do PFL, coligado aos tucanos e três do PC do B e PSB, aliados do PT. Com isso, a soma de petistas, peessedebistas e seus coligados chegaria a 41 deputados. A maioria poderia ser obtida com votos de dissidentes do PMDB, do PPR ou do PTB. O PPR tem nove deputados e o PTB, sete. Na hipótese de o PMDB conquistar o PT, somariam 39 votos (23 peemedebistas). Mais os dois do PSD, partido que tradicionalmente vota com os peemedebistas, a composição também chegaria a 41 deputados. O articulador político do governo tucano, Robson Marinho, diz que, oficialmente, Covas não participa das negociações com o PT. A Folha apurou, no entanto, que o governador gostaria de ter Trípoli na presidência e um petista na 1ª secretaria da Assembléia. Texto Anterior: Cesp paga tucana para obter verba "verde" Próximo Texto: Em defesa do Congresso Índice |
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