São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ausência de Rita preenche lacuna

ANDRE FORASTIERI

ANDRE FORASTIERI; LARISSA PURVINI
ESPECIAL PARA A FOLHA

"O show do Barão Vermelho foi melhor que o da Rita Lee". Isso a rapaziada estava falando às 19h20, antes de comecar a cair o mundo e antes de Rita Lee se entregar para os paraguaios.
Concordo, mas também não precisava muito. Rita Lee fica mais insuportável a cada ano que passa. E quando megatoneladas de água estão entupindo todos os orifícios da multidão, não precisa muito mais que "Bete Balanço" para fazer a moçada pular.
Nem muito mais que " O Poeta Está Vivo" para fazer dar aos casais uma razão a mais para se agarrar e se esquentar.
O cancelamento do show de Rita Lee causou júbilo."Graças a Deus. Tomara que chova amanhã também, assim ela não toca mesmo", disse Ângelo Pacheco, 26.
Maria da Glória do Amaral, 22, aprovou o cancelamento. "Ainda bem. Não tem nada a ver a Rita Lee tocar com os Stones."
"Não senti a menor falta da Rita Lee. A única coisa que estragou os shows foi a chuva e o frio", afirmou Pamela Sinibaldi, 19.
O Hollywood Rock tem um histórico de cristalizar posições no rock nacional. Foi no Hollywood Rock que Titãs e Paralamas se afirmaram como pesos-pesados.
E que gente tão diferente quanto DeFalla, Skank e Fernanda Abreu mostraram que tinham o que é necessário.
Esse ano, nenhum brasileiro teve esta oportunidade.

Colaborou LARISSA PURVINNI, da Reportagem Local

Texto Anterior: Spin Doctors chove no molhado com seu rock-funk de acento pop
Próximo Texto: Nem os homens expulsariam Mick da cama
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.