São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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Verme pode se disseminar
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS Pessoas que têm contato com os ianomâmis, como garimpeiros, podem ter se contaminado e levado a oncocercose a outras regiões do país, afirma Cláudio do Carmo Chaves."Há risco de disseminação da oncocercose pela Amazônia e demais Estados do país." Segundo o médico, a doença pode ser disseminada por garimpeiros que conviveram muitos anos com os indígenas e se dispersaram sem terem sido submetidos a exame médico e controle domiciliar. Ele diz que a oncocercose poderá se tornar um problema de saúde pública no Brasil, a exemplo do que ocorre no continente africano, onde a doença assumiu caráter epidêmico. Um dos exemplos do risco de propagação da doença foi o caso de oncocercose diagnosticado em uma menina de 16 anos do município de Minaçu (GO), distante 3.000 km do extremo oeste de Roraima, foco da doença no Brasil. "A paciente infectada nasceu e sempre viveu nessa cidade. Nunca esteve na reserva ianomâmi. Com certeza, algum infectado que imigrou lhe transmitiu a doença", escreveu Chaves em sua tese. Chaves disse que a única forma de combater a oncocercose depois de diagnosticada é por meio do remédio Ivermectin. Como a droga é considerada muito forte –destinada originalmente a uso veterinário–, o paciente, segundo o médico, pode tomar apenas um comprimido por ano. Texto Anterior: Doença que causa cegueira atinge 65% dos ianomâmis, diz pesquisa Próximo Texto: Passagens aéreas esgotam para Carnaval Índice |
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