São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Centrais têm proposta para câmara setorial

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas principais centrais sindicais –CUT e Força Sindical– têm uma proposta comum para a câmara setorial automotiva, a ser reativada dia 6: fixar cotas de importação de veículos e autopeças.
"Temos de abrir a economia, mas com critérios, para não acabar com o emprego no país", afirma Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, presidente da CUT.
Vicentinho concorda com a necessidade, apontada pelas montadoras, de incentivar a exportação.
Ele considera fundamental, também, discutir o problema do ágio. "As montadoras e revendas têm de assumir sua responsabilidade."
Para Vicentinho, a indústria de carros deveria contratar mais à medida que a produção cresce. "Não dá para continuar fazendo tanta hora-extra", afirma.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da direção executiva da Força Sindical, concorda. "Vamos propor que o aumento do emprego seja o equivalente a um terço do aumento da produção", diz.
Paulinho pretende, ainda, discutir a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas do setor automotivo. "A câmara setorial é um bom momento para isso."
O reajuste mensal de salários pela inflação integral também será defendido pelas duas centrais.
Na briga de preço entre montadoras e fornecedores, Paulinho diz que vai ficar do lado "dos mais fracos, as empresas de autopeças". Diferentemente de Vicentinho, ele põe em dúvida a necessidade de incentivos à exportação.

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