São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Guadalajara cria cátedra para argentino Cortázar; Pierre Charras recebe prêmio Deux Magots; Universidade fica com arquivos homossexuais; Relações com latinos são tema de José Donoso

Guadalajara cria cátedra para argentino Cortázar
O ex-presidente da Colômbia e atual secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Garivia, dará a conferência de inauguração da cátedra de literatura Julio Cortázar na universidade de Guadalajara, no México. A cátedra foi criada por iniciativa do colombiano Gabriel García Márquez e do mexicano Carlos Fuentes com os fundos de bolsas vitalícias que os dois escritores receberam do governo mexicano. Será inaugurada no dia 10 de fevereiro.

Pierre Charras recebe prêmio Deux Magots
O prêmio literário francês Deux Magots, que leva o nome do célebre café parisiense localizado no bairro de Saint German des Près, foi atribuído ao escritor Pierre Charras por seu livro "Monsieur Henri", que venceu François Ceresa e seu "La Femme aux Cheveux" por um voto (seis contra cinco). Charras receberá cerca de US$ 7,5 mil.

Universidade fica com arquivos homossexuais
A universidade da Califórnia ficará com a coleção com cerca de dois milhões de objetos e artigos relacionados à vida dos homossexuais no século 20 pertencente ao One Institute. Segundo John O'Brien, administrador deste arquivo fundado em 1952, um dos problemas dos gays e lésbicas é "encontrar suas raízes".

Relações com latinos são tema de José Donoso
O escritor chileno José Donoso ("El Lugar sin Límites") anunciou que seu próximo livro, "Donde Van a Morir los Elefantes", é o mais longo que já escreveu. Com cerca de 600 páginas, o livro é uma metáfora da ignorância e o desprezo que a cultura acadêmica tem pelo latino-americano.

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