São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995 |
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Método dá idade de pinturas
RICARDO BONALUME NETO
A quantidade dessa variante radiativa do carbono permite datar materiais orgânicos. Um átomo de carbono 14 costuma emitir uma partícula, um pouco de luz (detectável por instrumentos) e vira um átomo de nitrogênio. A cada 5.730 anos metade do C-14 em uma amostra decai assim, o que o torna um bom relógio arqueológico. Os métodos tradicionais de datação exigem uma amostra razoável de carvão, o que impossibilitava datar as pinturas rupestres. Desenvolvimentos da técnica permitiram datar bisões das cavernas espanholas de Altamira e El Castillo e da francesa Niaux, mas ainda não foram suficientes para testar pinturas de Lascaux, onde os artistas antigos usaram pouco deste pigmento. Até então, as estimativas eram chutes mais ou menos bem feitos, baseados em semelhanças estilísticas entre os desenhos e nos restos de ossos e outros vestígios achados nas cavernas. Três bisões de Altamira foram datados entre 13.600 a 14.300 anos atrás, com uma margem de erro de mais ou menos 400 anos. Já em El Castillo os dois bisões testados têm cerca de 13.000 anos. Os especialistas achavam que, pela semelhança do traço, os desenhos dessas cavernas separadas por poucos quilômetros tivessem origens parecidas. Já a idade de 12.890 anos do bisão francês bate com datações feitas de objetos de osso de outra caverna próxima. (RBN) Texto Anterior: Portugal pode inundar pinturas Próximo Texto: Brasil também tem pinturas Índice |
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