São Paulo, domingo, 29 de janeiro de 1995
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Gol GTI resume jeito brasileiro de dirigir

EDUARDO VIOTTI
EDITOR DE VEÍCULOS

A Volkswagen marca um tento com o novo Gol GTI. Mesmo não tendo a agressividade superesportiva de alguns de seus concorrentes, como o Uno Turbo, o carro é um raro resumo de como o brasileiro gosta de dirigir.
A receita de brasilidade ao volante –extremada no Gol GTI, mas adotada nos outros Gol– é um dos segredos do sucesso do modelo, já ultrapassado como projeto de engenharia.
Hoje em dia não existem carros pequenos que incluam motor dianteiro longitudinal (como o do Gol) em sua concepção. Esse arranjo é pior em termos de aproveitamento do espaço do que os motores transversais, universalmente previstos em carros compactos.
O novo Gol GTI é agradável de dirigir como poucos carros, incluídos aí importados bem mais famosos e caros.
A direção é rápida e permite movimentos ágeis. O volante, de bom diâmetro, carece de regulagens de posição, mas permite boa empunhadura e firmeza em manobras mais fortes.
Assistida por sistema hidráulico, a direção do Gol GTI é progressiva (macia em manobras e mais rígida em altas velocidades).
As suspensões do carrinho são duras e barulhentas, como as de qualquer outro esportivo, proposta da versão GTI (abreviatura de grã-turismo com injeção).
Só que, ao contrário de alguns de seus concorrentes, o Gol GTI não passa a impressão de que vai derreter após alguns milhares de quilômetros sobre buracos.
O acelerador macio, de curso longo (marca registrada da VW), encontra bom respaldo no motor de respostas prontas.
Como pontos positivos destacam-se ainda os bancos esportivos que firmam o corpo, o melhor câmbio entre modelos nacionais e o painel translúcido azulado.
O aparelho de som, com toca-discos laser e rádio AM/FM, dispensa o toca-fitas.

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