São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995
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Explosão teria começado na rua

DA REPORTAGEM LOCAL

Até a tarde de ontem, a polícia continuava trabalhando com a hipótese de que a explosão de um prédio em Pirituba teria começado numa Kombi que descarregava fogos de artifício e estampido (bombas) na loja de umbanda "Ogum Sete Estrelas".
Na tarde de ontem, um perito da Polícia Técnica esteve no 87º DP, onde está o caso, recolhendo provas e fotografando a Kombi para elaborar um laudo.
O delegado de produtos controlados da Polícia Técnica de São Paulo, Kazuioshi Kazumoto, disse que existe a hipótese de que bolas explosivas de cimento e pólvora terem caído da Kombi durante o desembarque e iniciado a série de explosões.
Kazumoto disse no ainda não possuía informações para avaliar a quantidade de material explosivo que havia na loja. "Depende de onde estava o material, da sua concentração e do tipo de bombas que havia", disse Kazumoto.
Os estabelecimentos que vendem fogos de artifício ou estampido, mesmo que não seja sua atividade principal, devem obter licença. O assunto foi regulado por decreto municipal de 6 de maio de 1994. Segundo a prefeitura, a loja "Ogum Sete Estrelas" não tinha licença para vender este material.
Nos rituais de umbanda e candomblé a pólvora é utilizada para "trabalhos de limpeza e descarrego". Isto é, quando se quer livrar pessoas ou locais de maus espíritos. Muitas destas festas destes cultos também utilizam fogos de artifício.
Ainda no sábado, a polícia fechou um bazar e papelaria localizado a três quarteirões da avenida Benedito de Andrade, em Pirituba, onde houve a explosão. Na loja foram encontrados materiais para fabricação de balões e cerca de 100 kg em rojões e bombas.

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