São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995
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Mick Jagger almoça vatapá no Embu

DA REPORTAGEM LOCAL

O vocalista dos Stones, Mick Jagger, almoçou ontem no restaurante Orixás, na rua Nossa Senhora do Rosário, centro do Embu (município a 28 km a oeste de SP).
Mick Jagger foi servido por três garçonetes vestidas de baiana. "Ele fez todos os pedidos de pratos e bebidas em português", afirmou Nadia Cristina da Silva, 16, que trabalha no local há 3 anos.
O cantor comeu salada de palmito, vatapá de camarão e peixe, tomou duas cervejas Brahma long-neck, uma garrafa de água sem gás e uma xícara de café forte com uma colher e meia de açúcar. Estava acompanhado de seis pessoas e oito seguranças.
Segundo Nadia, Jagger riu muito durante o almoço, mas não quis falar com ninguém e recusou-se a dar autógrafos para crianças e funcionários do restaurante que se aproximaram de sua mesa. O cantor deixou o restaurante às 15h50.
Para fugir dos curiosos que se aglomeraram em frente ao restaurante, ele desceu a viela das Lavadeiras (rua próxima ao local). Na pressa, bateu com a cabeça no quarto poste de luz instalado na viela. "O óculos escuros que estavam no bolso dele caíram e ele saiu com a mão na testa", conta Natália de Mello, 14, moradora da rua que assistiu à cena.
Quando o cantor dos Stones chegou, o restaurante fechou suas portas e 15 policiais da prefeitura do Embu se postaram na frente do Orixás para impedir a entrada de curiosos ou eventuais clientes.
A cidade toda parou para ver Jagger. O restaurante ficou cercado por curiosos. Confusão armada, o cantor voltou para o hotel Maksoud Plaza, onde chegou às 18h20, pela porta de trás.

"Recuerdos de Embu"
A prefeitura do Embu mandou para o restaurante presentes para o cantor: camisetas da cidade, um berimbau, esculturas de pedra sabão e madeira, além de bijuterias de prata e pedras brasileiras.
Jagger tinha deixado o hotel às 15h10 a pé, pela porta lateral, na alameda Campinas. Para despistar os três carros que conseguiram seguir o Omega azul do cantor até a avenida Paulista, um grupo de seguranças simulou um problema mecânico no carro em que estavam e abriram as portas para impedir a passagem.
Em seguida, abriram o capô do veículo e fingiram examinar o motor. Além disso, um dos seguranças sentou na parte da frente do carro que levava a reportagem da Folha, para impedi-lo de seguir o carro onde estava Mick Jagger.

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