São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 1995
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Estilo Fujimori utiliza militares

DA REDAÇÃO

Não é a primeira vez que o presidente peruano, Alberto Fujimori, recorre a soluções militares.
Ao contrário, este tem sido o padrão de seu governo até agora.
Foi assim em abril de 1992, quando, com o apoio do Exército, fechou o Congresso e passou a governar com poderes especiais.
Na época, justificou o autogolpe denunciando corrupção e vínculo dos deputados com a guerrilha.
Como o Congresso não gozava de grande prestígio, a popularidade de Fujimori só fez subir.
Em 1993, eleições deram ao partido do presidente peruano, Cambio 90, maioria parlamentar.
A maior vitória do governo Fujimori foi também militar: em setembro de 1992, o Exército capturou Abimael Guzmán, o líder do Sendero Luminoso, grupo maoísta que dominava mais de 50% do território do país.
Também já houve rumores de golpe militar contra Fujimori. Num episódio nunca bem esclarecido, há cerca de um ano, o presidente abandonou o palácio e foi dormir no quartel-general do Exército em Lima.
A explicação oficial foi que era uma medida de segurança.
No ano passado, Fujimori voltou a recorrer aos militares. Segundo a primeira-dama Susana Higuchi, eles a tornaram uma prisioneira dentro do palácio, no auge da crise político-conjugal do presidente.

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