São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
TR em alta; Mais caro; Guerra; Isenção; Matando a sede; Bom desempenho; Consumo aquecido; Atraso; Explosão; Inseticidas lideram; Mercado forte; Desestímulo; Bons preços; Estatizando; Alerta; Entrega; Acúmulo de grãos TR em alta Os agricultores não engolem a elevação da TR, determinada na semana passada pelo governo. Para atrair dinheiro à poupança o Ministério da Fazenda diminuiu o redutor da taxa. Mais caro Como a TR é o indexador mensal do crédito rural, a medida da Fazenda deve encarecer o custo dos empréstimos. Guerra Isso ocorre num momento em que o uso da TR nos financiamentos é fuzilada pelos agricultores e, inclusive, pelo ministro da Agricultura, José Eduardo de Andrade Vieira. Isenção Para amenizar o problema, a Sociedade Rural Brasileira propõe ao governo que isente as culturas com menor rentabilidade da correção pela TR. Matando a sede As vendas de sucos de frutas em garrafa cresceram 11,7% em 94, em relação ao ano anterior, segundo a empresa de pesquisa de mercado Nielsen. Foram comercializados 644,4 milhões de garrafas. Bom desempenho Apesar do bom desempenho registrado no ano passado, o crescimento foi maior em 93, quando foram vendidos 577,1 milhões de garrafas, 12,9% a mais que em 92. Consumo aquecido No ano passado, para atender ao aumento do consumo de sucos, a indústria precisou importar frutas. Atraso O início da safra de maracujá está atrasado em quase um mês no Triângulo Mineiro, por causa do tempo seco. Até a semana passada, eram raras as plantações com fruta madura. Explosão Explodiu em 94 o faturamento da indústria de agrotóxicos. De acordo com a Andef, as vendas atingiram US$ 1,4 bilhão, com crescimento de 33,6% sobre o valor de 93. Inseticidas lideram As vendas de inseticidas tiveram o aumento mais expressivo. Somaram US$ 299,6 milhões, 52,9% acima do resultado de 93. Mercado forte O Plano Real começa a mudar a alocação de recursos na agricultura, segundo o economista Fernando Homem de Melo, da USP. A tendência é indicada pelo aumento na área de algodão, feijão e milho. Desestímulo No outro lado da moeda, alguns produtos como arroz, cana-de-açúcar, fumo e soja são desestimulados, afirma Melo. Bons preços Na análise do economista da USP, o mercado este ano será favorável para o algodão e o café (no primeiro semestre). Os preços do arroz e do milho serão um pouco melhores que os praticados no ano passado. Estatizando Amilcar Gramacho, coordenador do departamento econômico da OCB, diz no Informativo Rural da SRB que o novo governo se verá às voltas com um nível de estatização da comercialização da safra jamais visto no país. Alerta Segundo ele, o problema foi previsto e antecipado aos formuladores do Plano Real pelas entidades rurais. Entrega A boa oferta de produtos na safra vão aproximar as cotações de mercado aos preços mínimos. Por isso, a entrega do produto ao governo será a melhor opção para quem fez custeio pela equivalência. Acúmulo de grãos Caso a equipe econômica não solucione o problema, o governo deverá ser o maior comprador da safra. Há ainda quase 13 milhões de t de grãos das safras passadas nos estoques oficiais. Texto Anterior: Embrapa de Brasília descobre o pequi-anão Próximo Texto: O clube dos importadores de grãos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |