São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995
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Ministro das Comunicações determina investigações

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, 53, determinou sexta-feira ao secretário-executivo do ministério, Fernando Xavier Ferreira, que inicie investigações sobre supostas irregularidades em um acordo feito pela Telerj, central telefônica do Rio, para fazer a transferência de sua sede.
A assessoria de imprensa de Motta informou que a decisão de investigar a existência ou não de irregularidades foi tomada em função da denúncia, feita na sexta, na Folha, pelo jornalista Janio de Freitas. Em sua coluna, o jornalista disse que o ex-ministro das Comunicações Djalma Moraes autorizou a mudança.
O prédio em questão é um edifício de 30 andares, localizado na avenida Chile (zona central do Rio), feito pela construtora Encol para a Previ e a Sistel, fundos de pensão do Banco do Brasil e da Telebrás (TelecomunicaçÕes Brasileiras S/A).
Aluguel
No governo Fernando Collor de Mello, a Telerj fez um acordo com o consórcio, comprometendo-se a pagar, como aluguel mensal, 1% (US$ 1,2 milhão) do valor da obra. O aluguel do edifício-sede atual, de 12 andares, no centro da cidade, era de US$ 28 mil.
O advogado José de Castro Ferreira, nomeado pelo ex-presidente Itamar Franco para presidir a Telerj durante sua gestão, cancelou o acordo em agosto de 1993, seguindo recomendação de um grupo interno de trabalho.
O grupo concluiu que, na transferência, além do aluguel 43 vezes maior, a Telerj gastaria US$ 30 milhões em móveis e equipamentos de telecomunicações e informática.
O presidente da Telerj, Edilberto Braga, entregou na sexta-feira, ao secretário-executivo do Ministério das Comunicações, documentos referentes ao assunto. Braga não foi localizado pela reportagem da Folha.

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