São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995
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Deputado por 30 dias, Iguchi se diz frustrado

MAURÍCIO STYCER
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

No 30º e penúltimo dia de mandato, o deputado federal Makoto Iguchi (PSDB-SP) se disse ontem "decepcionado" com a "cara-de-pau" dos colegas deputados.
Iguchi, 58, assumiu a vaga de Geraldo Alckmin Filho, que tomou posse em 1º de janeiro como vice-governador de São Paulo.
Deputado por um mês, ele trabalha amanhã pela última vez carregando a frustração de não ter conseguido vencer as importantes votações de que participou.
Iguchi votou contra a anistia ao senador Humberto Lucena, "apesar das pressões da própria bancada do PSDB". Perdeu.
Também votou contra a concessão do aumento salarial aos deputados, dado pelos próprios deputados. Perdeu igualmente.
Por fim, Iguchi votou a favor do aumento do salário mínimo para R$ 100. "E o presidente deve vetar essa lei", lamentava ontem.
Embora não seja totalmente favorável ao aumento do mínimo, votou pela seguinte lógica: "Se os deputados tiveram a cara-de-pau de aumentar o próprio salário, nada mais justo que aumentar o salário dos trabalhadores".
Ao longo de seus 30 dias de mandato, o deputado não apresentou nenhum projeto. "Me falaram que não ia adiantar nada. Iam ser arquivados", justifica-se.

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