São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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PMDB define hoje presidente do Senado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O novo presidente do Senado será escolhido hoje pela bancada do PMDB. Uma última tentativa de se evitar a disputa entre os senadores José Sarney (AP), Iris Resende (GO) e Pedro Simon (RS) vai acontecer logo no início da reunião, marcada para as 9h."Gostaria que os três chegassem a um acordo", defendeu o líder do PMDB, Mauro Benevides (CE), que preside a votação. O acordo evitaria o contrangimento a vários senadores, em especial aos três da Paraíba, em dificuldades para manter de pé o pacto de votarem num único candidato. O regimento do Senado assegura ao PMDB o direito de indicar o presidente da Casa por deter a maior bancada. Depois de mais um dia pedindo votos, Iris Rezende, 60, insiste na disputa. "Tenho a convicção de que vou para o segundo turno e estou trabalhando para ganhar a eleição", disse, certo de que nenhum candidato dispõe dos votos de 12 senadores, a maioria da bancada. Embora sem divulgar sua contabilidade, Sarney, 64, está ainda mais confiante. "Papai está certo de que vai ganhar", resumiu o deputado Sarney Filho (PFL-MA). No discurso preparado para a reunião de hoje, o senador do Amapá promete impor mais agilidade ao Senado e limites para o uso de medidas provisórias, numa plataforma semelhante a de Iris. Conformado antecipadamente com a derrota, Pedro Simon brincou com a contabilidade dos adversários. "O Sarney garante que ganha no primeiro turno e o Iris aposta que vai para o segundo turno, eu é que não sei". Simon levaria vantagem na hipótese de um empate no segundo turno, já que é o mais velho dos três e completa hoje 65 anos. Mas depois de propor limites para o uso da gráfica do Senado e na imunidade parlamentar, o gaúcho sabe que suas chances são mínimas. "Mais uma vez vão valer os acordos e os conchavos", disse. Paraíba disputada Na reta final da eleição, cresceu a disputa pelos votos da Paraíba. Os senadores Humberto Lucena, Ney Suassuna e Ronaldo Cunha Lima se reuniriam ontem à noite para decidir se manteriam o pacto de votarem unidos hoje. Cunha Lima já se comprometeu a votar em Sarney, e tentava convencer os dois colegas. "Eu prometi isto a ele", disse. Já Humberto Lucena chegou a dizer que votaria em Pedro Simon, em retribuição ao apoio que recebeu na votação do projeto de anistia pelo uso irregular da gráfica do Senado. Ney Suassuna chegaria ontem à noite de uma viagem ao exterior e é computado entre os aliados de Iris Resende. Texto Anterior: Congresso novo vai se opor à reforma, prevê o Planalto Próximo Texto: SDE arquiva processos sobre aumentos Índice |
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