São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Anfiteatro de Bauru se deteriora e vira moradia de família sem-teto O anfiteatro de Bauru, que está se deteriorando, abandonado LUIZ MALAVOLTA
Localizado na zona sul da cidade, numa área de três alqueires em uma das regiões mais valorizadas de Bauru, a construção vem sendo depredada. Os holofotes, usados para iluminar o anfiteatro à noite, foram arrancados e as instalações elétricas destruídas. As chuvas estão danificando o local. A estrutura do Vitória Régia, feita de concreto, vem apresentando infiltrações. Para piorar ainda mais a situação, mendigos têm usado a área como moradia pois não existem mais vigilantes no local. Há dez dias, a porta dos camarins foi arrombada por uma família de sem-teto, retirada depois pela PM. "O anfiteatro já foi o orgulho da cidade. Hoje, é um elefante branco, sem utilidade", disse o universitário José Roberto Praxedes, 26. Há meses não acontece um show musical, apresentação de balé ou exibição artística no local. A agente cultural Jacqueline de Andrade, 31, da Secretaria Municipal de Cultura, disse que o último show aconteceu em agosto. "Estamos agora tentando retomar um projeto musical, agendando a apresentação de bandas de rock nos fins-de-semana", disse ela. O prefeito de Bauru, Antônio Tidei de Lima (PMDB), 49, reconhece que o anfiteatro está com "vários problemas". "Vamos, ainda neste ano, providenciar a restauração, para que ele tenha uso adequado e seja ponto de encontro dos bauruenses", disse. Segundo o prefeito, antes de restaurar o anfiteatro, a prefeitura precisa recuperar a avenida Nações Unidas, onde está localizado. O arquiteto Jurandyr Bueno Filho, 52, autor do projeto do anfiteatro, disse que seriam necessários R$ 50 mil para recuperá-lo. Ele afirmou que o Vitória Régia foi inaugurado há 15 anos e nunca passou por reforma ou restauração. O local tem capacidade para 2.000 pessoas. Texto Anterior: Minas controla venda de tinta em aerossol Próximo Texto: Show de Ben Jor gera 'terremoto' em Pernambuco Índice |
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