São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasil não confirma Leal para Mundial
RICARDO SETYON
O técnico Jairo Lopes Leal, 42, não sabe se continuará comandando a seleção. "Infelizmente eu não posso dizer se serei o treinador do time no Mundial, porque estou na dependência de uuma conversa com a presidência da CBF." Jairo Leal, que chegou ontem ao Rio de Janeiro, deve se encontrar com o supervisor Américo Faria e com o presidente Ricardo Teixeira ainda esta semana. Segundo o técnico, os dois dirigentes depositaram total confiança em seu trabalho durante a disputa do torneio na Bolíva. "Para a competição na Nigéria é possível que eles tenham alguém com maior experiência como treinador. Neste caso, eu aceitarei sem problemas o cargo de assistente", afirmou Leal. O técnico elogiou muito a direção da CBF, que ele classificou de responsável pelo sétimo título do Brasil na história dos sul-americanos de juniores. "A confederação pagou todos os gastos da equipe na Bolívia. Nós ficamos 40 dias concentrados lá, o que foi fundamental para o título", disse o treinador. Leal voltou da Árabia Saudita no ano passado. Lá ele dirigiu o time do Al Nasser. O convite que o técnico recebeu da CBF foi para substituir seu irmão, Júlio César Leal, que havia conquistado o Sul-Americano e o Mundial de Juniores em 93. "Minha alegria pela conquista é imensa. Se continuar na direção da equipe, espero trazer o título na Nigéria", afirmou Leal. Segundo ele, a maior virtude do Brasil foi sua capacidade de marcar duro e ao mesmo tempo apresentar bom domínio de bola e segurança no andamento dos jogos. "Com o espírito de luta e a aplicação demonstrada, estes atletas prometem formar uma excelente seleção principal nos próximos anos", acredita o treinador. Leal acredita que um ponto muito importante é o fato de os jogadores que ganharam o título na Bolívia voltarem com mais experiência para disputar os campeonatos pelos seus clubes no Brasil. Ele define como ponto positivo do título a atenção que os jogadores receberão em seus clubes, inclusive por parte da torcida. A convocação da equipe brasileira para o Mundial na Nigéria está marcada para 7 de fevereiro. Caso Leal continue, o que deve acontecer, ele promete cinco novos nomes. Bordon e Denílson, do São Paulo, e Luizão, do Guarani, podem estar entre eles. Texto Anterior: Bater Santos é obrigação, diz Mário Sérgio Próximo Texto: Artilheiro Reinaldo tem propostas do exterior Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |