São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995
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Eleição anulada gerou conflitos

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

A guerra civil entre governo e radicais começou há três anos, depois que o governo cancelou o segundo turno das eleições.
As pesquisas indicavam a vitória da Frente Islâmica de Salvação (FIS), partido dos radicais muçulmanos.
Um Alto Comitê de Estado assumiu o poder em janeiro de 1992. A presidência foi entregue a Mohamed Boudiaf, herói da luta pela independência da Argélia, em 1962. Em março de 92, a FIS foi proscrita.
Boudiaf, no entanto, foi assassinado a tiros em junho do mesmo ano. Dirigentes da FIS foram presos e o governo intensificou a repressão. Do lado dos fundamentalistas, os atentados começaram a se multiplicar.
Não há nenhuma estatística precisa, mas a guerra civil já teria feito pelo menos 35 mil mortos.
No último Natal, os terroristas islâmicos realizaram o atentado mais espetacular até então: quatro homens sequestraram um avião em Argel e mataram três reféns.
A crise só foi encerrada no aeroporto de Marselha, sul da França, quando a polícia invadiu o avião.
(AFt)

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