São Paulo, terça-feira, 31 de janeiro de 1995 |
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Reunião hoje no Rio busca fim do conflito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Pela primeira vez, desde que foi deflagrado o conflito na fronteira entre Peru e Equador, representantes dos dois países resolvem participar de uma reunião na tentativa de reestabelecer o diálogo e pôr fim às hostilidades.O encontro será realizado hoje, na sede do Itamaraty, no Rio, às 15h. A busca pelo diálogo vem sendo empreendida pela diplomacia brasileira desde que começou o conflito, na última quinta-feira. As gestões da diplomacia brasileira e de outros países da América Latina culminaram no anúncio oficial, ontem em Brasília, da realização da reunião do Rio. O ministro-interino das Relações Exteriores, Sebastião do Rego Barros, esteve reunido pela manhã com representantes do Chile, Argentina e Estados Unidos, na tentativa de viabilizar o encontro. Peru e Equador disputam uma faixa de 78 km situados em suas fronteiras. O conflito já provocou uma guerra, em 1941, entre os dois países, que resultou no Protocolo do Rio de Janeiro, cujo aval foi dadao em 1942 por Brasil, Chile, Argentina e EUA. As regras para o encontro ainda não estão definidas, segundo informou ontem a porta-voz do Itamaraty, Vera Machado. Existe a hipótese de os representantes do Peru e do Equador participarem separadamente. Não foram impostas condições de nenhum dos lados para a participação dos representantes dos dois países. Também não foram formuladas propostas concretas para o entendimento. "A agenda não está definida", adiantou a porta-voz. "O importante é estabelecer canais para retomar o diálogo e pôr fim às hostilidades", afirmou. O Itamaraty informou que o presidente Fernando Henrique Cardoso está empenhado na busca de uma solução para o conflito. Durante o final de semana, FHC telefonou para os presidentes Alberto Fujimori (Peru) e Sixto Durán-Ballén (Equador), intermediando o conflito. O Itamaraty ainda não sabe informar se os chanceleres equatoriano e peruano estarão presentes ao encontro, que contará com representantes dos outros três países garantes, além do Brasil. "Os representantes poderão ser os vice-chanceleres", informou a porta-voz. A delegação brasileira será chefiada pelo embaixador Sebastião do Rego Barros. Texto Anterior: Quito tem pacote de emergência Próximo Texto: Equador admite superioridade peruana Índice |
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