São Paulo, domingo, 1 de outubro de 1995
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Adriane diz estar acostumada a críticas

SÉRGIO DÁVILA
DA REDAÇÃO

Antes da CNT, Adriane Galisteu diz ter recusado "vários" convites de emissoras. "Fiz teste com Jayme Monjardim para a novela `A Idade da Loba', na Bandeirantes", diz. "Não levei adiante."
Segundo a modelo, uma outra emissora a convidou para apresentar um telejornal. "Não digo qual foi, mas não aceitei." A modelo diz ter recusado ainda papéis pequenos em telenovelas. "Quis estrear de minha maneira."
Adriane Galisteu vai comandar pela primeira vez num programa armada apenas de instinto: "Não estou fazendo nenhum curso, então vou aprender errando."
"Confesso que esperava menos dela", diz Paulo Matiussi, diretor da CNT. "Mas Adriane se mostrou uma pessoa com garra, que quer dar certo."
Matiussi elenca outras qualidades: "É o nome do momento, o boom da mídia, e vai ser capa de dez revistas até o fim do ano."
Paulo Lima, editor da revista "Trip" e redator do programa de Adriane, que já trabalhou com Serginho Groisman e presta consultoria para programas jovens na TV, não vê problemas em escrever para uma iniciante.
"Vamos tentar passar jornalismo e verdade sem perder de vista o lado jovial e descontraído dela, suas principais características", diz.
"Não me envolveria nisso se tivesse de construir um personagem para ela, uma Dri-Dri qualquer, um teatro de revista do ano 2000. Mas esse programa vai contrariar tudo que se espera de um programa de Adriane Galisteu."
O diretor Billy Bond vai mais longe: "Sabemos que ela não é Xuxa, sabemos que ela não é Claudia Raia, não vamos passar esse ridículo!. Segundo Bond, aparecerá na tela "uma pessoa bonita e espontânea, sem pretensões."

Visada e cheia de curvas
A carreira de Adriane Galisteu começou de fato em 1993, quando deixou de ser a "Garota Shell", que trabalhava no Grande Prêmio Brasil, e virou a namorada oficial de Ayrton Senna até sua morte, em maio de 1994.
Desde então, brigou com a família do piloto e boa parte de sua torcida. Por lançar um livro de memórias em que conta sua vida com Senna e posar nua para uma revista masculina, foi chamada de aproveitadora e desrespeitadora da memória do ídolo.
Adriane diz não ligar e afirma já estar acostumada. "Todo mundo tem direito de criticar", diz. "Críticos existem mesmo, só não encontrei ainda uma função para eles."
Paulo Lima concorda e tem uma teoria: "No Brasil, se você abre uma pastelaria, no dia seguinte o cara da padaria vizinha está falando mal do seu pastel."
Para ele, a marcação é ainda mais forte sobre Adriane, "afinal, uma pessoa muito visada e cheia de curvas."

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