São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995 |
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Paes de Andrade vence Goldman na disputa pela presidência do PMDB DANIEL BRAMATTI DANIEL BRAMATTI; GUILHERME EVELIN
Os partidários da candidatura Goldman anunciaram que iriam recorrer, alegando irregularidades no voto de um candidato do Espírito Santo. Até as 21h, os aliados de Goldman ainda tentavam anular o resultado. Ontem à tarde, os seguidores de Paes tentaram uma manobra de última hora para alterar as regras da eleição, visando prejudicar a candidatura de Goldman. Para anular a força do senador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), candidato a primeiro vice-presidente de Goldman, os seguidores de Paes queriam desvincular os votos para presidente e vice, o que permitiria votos em Paes de Andrade para presidente e em Cunha Lima para vice. A manobra foi articulada pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado de Paes. Fracassou porque o estatuto do PMDB é claro ao estabelecer que a chapa vitoriosa será eleita na sua totalidade para a Executiva. Os articuladores da candidatura de Goldman ficaram preocupados porque interpretaram a tentativa de mudança como interferência do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), que prometera afastar-se da disputa. Com a interferência de Sarney, eleitor de Paes, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), do grupo de Goldman, previu vitória de Goldman por 10 a 15 votos. A disputa pelos votos era tão acirrada que Goldman pediu ao governador de Goiás, Maguito Vilela, seu aliado, que providenciasse um avião para trazer de Goiânia o deputado federal João Natal (GO), que, naquele momento, se submetia a uma hemodiálise. Comandados pelo senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), os três representantes de Mato Grosso barganharam seus votos até o último instante. Texto Anterior: 'Verba não significa nada' Próximo Texto: Fisiologismo influi na disputa Índice |
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