São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995 |
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Comerciante processa hospital por resultado positivo de exame de Aids
AURELIANO BIANCARELLI
Em ação que corre na 6ª Vara Civil da capital, Svartman está pedindo R$ 1 milhão em reparação pelos danos morais e materiais que diz ter sofrido. A Sociedade Beneficente de Senhoras do Sírio Libanês alega que a coleta e exames de sangue estão a cargo de um instituto de hemoterapia, empresa não-vinculada a ela e que, por isso, a sociedade não seria parte legítima no processo. Alega ainda que o banco de sangue seguiu as normas do Ministério da Saúde (leia texto abaixo). Em outubro do ano passado, Svartman foi ao Sírio Libanês doar sangue a um familiar que passaria por cirurgia. No mês seguinte, recebeu uma carta informando que uma ``anormalidade" fora encontrada em seu sangue e que deveria retornar ao banco. Segundo Svartman, 20 dias depois do segundo exame, foi novamente chamado. ``A médica me entregou o resultado quase chorando", disse. Na última coleta, o banco de sangue fez os exames Elisa 1, Elisa 2 e do HIV. Outros exames revelaram que ele estaria também com hepatite C. Por sugestão de um médico amigo, Svartman procurou o laboratório Fleury e os resultados deram negativo para o HIV. Por sua vez, o Sírio Libanês enviou ao Fleury uma amostra do sangue de Svartman e o resultado deu positivo. Uma segunda coleta de sangue foi feita pelo laboratório na casa de Svartman. O resultado foi negativo. ``Eu não sabia mais em quem acreditar", conta Svartman. O Sírio Libanês não se convenceu. Propôs um desempate, elegendo para isso o banco de sangue do Hospital Albert Einstein. Médicos do Sírio acompanharam a coleta e o resultado negativo se confirmou. Texto Anterior: PM ocupa morros, troca tiros e prende 1 no Rio Próximo Texto: Banco de sangue deve triar amostras Índice |
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