São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995 |
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Luz precisa de ser reformada
VICTOR AGOSTINHO
Atacado por cupins, o madeiramento da estação está apodrecendo. A interdição foi um ato interno. ``Por precaução", afirma Maria Inês Dias Mazzoco, gerente de documentação da Rede Ferroviária Federal. Na sala interditada funciona o departamento de orçamento da Rede Ferroviária Federal. Não há prazo nem dinheiro para que o problema seja sanado. Além da ação dos cupins, a estação sofre infiltração do lençol freático, parte da rede elétrica está irregular, as telhas de zinco do teto estão corroídas e, nas fachadas, o reboco está caindo. Para piorar as coisas, os elementos ornamentais de ferro fundido da gare (estação) estão desabando sobre a plataforma. A estação, construída em 1900 pelos engenheiros ingleses, foi tombada pelo Iphan no mês passado. Já estava protegida pelo tombamento estadual. Todos os materiais usados na construção da Luz foram trazidos da Inglaterra. As peças maiores, de aço, eram numeradas, embarcadas em navios e montadas por técnicos ingleses da São Paulo Railway. Segundo Mazzoco, uma restauração completa da estação custaria ``algo em torno de R$ 7 milhões". Mas, segundo ela, o que a Rede Ferroviária quer fazer é discutir com a iniciativa privada possibilidades de parcerias. A gerente acredita que só uma restauração não vai resolver o problema da Luz. ``Seria preciso uma ação coordenada para revitalizar o bairro todo. Nós vamos oferecer a Luz aos empresários em troca de restauração. Vamos discutir com eles um novo perfil para a estação. Hoje, a Luz, do jeito que está, não interessa a ninguém", disse a gerente. Este mês a Rede Ferroviária e Ministério dos Transportes vão promover encontros com empresários para definir propostas para a Luz e para a vila de Paranapiacaba. } (VA) Texto Anterior: Casas estão se deteriorando Índice |
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