São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Casas estão se deteriorando

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A vila de Paranapiacaba sofre pela falta de definição quanto a sua vocação, afirmam especialistas.
Tombada pelo patrimônio histórico em 87, até hoje a vila não sabe como criar atividades para gerar empregos nem quais seriam essas atividades.
Segundo José Carlos Ribeiro de Almeida, presidente do Condephaat (que cuida do patrimônio histórico estadual), ``é preciso encontrar um caminho".
Moram na vila hoje 2.000 pessoas. As casas e a estação estão se deteriorando por falta de verbas. Se for tombada nacionalmente pelo Iphan, a vila passará a ter acesso a programas e financiamentos nos quais hoje não pode estar incluída.
O movimento principal de Paranapiacaba nos finais de semana é de ``visitantes de um dia", que chegam para percorrer as trilhas no meio da Mata Atlântica.
Não há hotel nem pensão em Paranapiacaba. A partir da vila, é possível chegar ao sopé da serra e a Cubatão.
As trilhas mais procuradas são a de Pedra Lisa e a de Poço das Moças.
``Mas esse tipo de atividade é predatória", diz a secretária do Meio Ambiente de Santo André (ABCD), Waverli Neuberger.
Ela conta que os visitantes destroem as trilhas, jogam lixo e que é comum acontecerem acidentes e pessoas se perderem no meio da mata.
Outro problema que vem afetando a vila são os despachos e macumbas. ``Muitos que vêm aqui fazem seus `trabalhos' perto das nascentes dos riachos. Normalmente são sacrificados animais. Esses bichos apodrecem e sujam a água que abastece os moradores", disse a secretária Neuberger.
A secretária afirmou também que no final da semana passada foram presos caçadores que carregavam dois pequenos veados e uma onça-pintada.
``Não há nenhum tipo de fiscalização nem de disciplina para o uso das trilhas", lamentou Neuberger.
(VA)

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