São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Presidente e jornais argentinos elogiam volta

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

Para os principais jornais argentinos, Maradona provou anteontem que é último grande monstro sagrado do futebol. Já o presidente argentino, Carlos Menem, preferiu chamá-lo de ``filho".
Não chegou a ser coroado rei do futebol. Mas uma das rádios de Buenos Aires teimava, após a sua estréia contra a Coréia do Sul, em dizer que argentino havia superado o brasileiro Pelé.
O jogador deu 64 passes durante os 87 minutos em que esteve no campo -dos quais 81% foram acertados. Outra estrela do Boca, Claudio Caniggia, teve apenas cinco passes bem dados.
O próprio Maradona colaborou com a repercussão de sua volta, usando frases pouco modestas.
``Esse foi o melhor dos regressos. A torcida do Boca que volte a sonhar", afirmou. ``Eu me senti bem, bárbaro", completou.
Seu padrinho, o presidente Menem, também ajudou a inchar seu ego. Embarcou para a Coréia do Sul e ainda deu o pontapé inicial da partida.
Chamou mais uma vez o craque de ``seu filho" e não poupou elogios. ``Diego tem o talento necessário para converter-se novamente no número um", disse Menem.
O jornal ``Página 12", por sua vez, registrou que, por dinheiro, Pelé voltou a jogar nos EUA.
E listou nomes consagrados -como o jogador de basquete Michel Jordan e a tenista Mônica Seles- que retornaram à atividade atraídos por bons contratos.
Para o ``Clarín", o jogador de 34 anos ``jogou muito bem, foi o mais eficiente do time e mostrou precisão e liderança".
Segundo o técnico César Menotti, campeão mundial de 1978, ``Maradona demonstrou mais uma vez que é diferente".

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