São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Em 91, paulistas picharam o Cristo

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre o pichadores, quanto mais difícil o ``pico" (gíria que quer dizer alvo de pichação), mais ``ibope" (fama) ganha o autor da façanha.
Foi seguindo esse preceito que, em novembro de 1991, os paulistas Ayres Monteiro de Araújo Neto e Fábio Luiz da Silva, da turma ``Diferentes", picharam a base e a capela do Cristo Redentor, um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro.
Os dois viraram ídolos entre os pichadores, mas acabaram punidos. Por determinação do juiz da 2ª Vara de Menores do Rio, Siro Darlan, Fábio e Ayres tiveram de prestar serviços comunitários.
Eles tiveram de limpar pichações no posto médico de Vila Bonilha (SP). Na época, chegaram a afirmar que estavam arrependidos do que haviam feito e que não mais voltariam a pichar.
Em junho de 92, Fábio foi assassinado. Uma das suspeitas foi de que o crime teria sido uma vingança de uma turma de pichadores.

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