São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Balé Real Sueco apresenta `O Lago dos Cisnes' com orquestra ao vivo

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Espetáculo: O Lago dos Cisnes
Companhia: Balé Real Sueco
Quando: De 5 a 7 de outubro, às 20h30; dia 7, às 14h, só para adultos acompanhados com até três crianças
Onde: Teatro Municipal de São Paulo (pça. Ramos de Azevedo, s/nº, tel.: 011/± 222-8698)
Quanto: R$ 35 a R$ 130; R$ 30 a R$ 50 no dia 7 à tarde

O Balé Real Sueco proporciona um espetáculo raro na próxima semana. Além de apresentar a versão completa, em quatro atos, de "O Lago dos Cisnes", seu elenco de 60 bailarinos dançará com música ao vivo, interpretada pela Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Renat Salavatov.
Uma das mais sofisticadas companhias européias, o Balé Real Sueco vem ao Brasil a convite do Mozarteum. Dia 11, às 20h30, e dia 12, às 16h, se apresenta no Teatro Municipal do Rio.
"O Lago dos Cisnes", a peça mais popular do repertório clássico, deve parte de seu sucesso à partitura criada por Tchaikovsky. Seu enredo fala da história de amor entre uma princesa, Odete, transformada em cisne por um mágico, pai de sua rival, Odile, que com ela disputa o amor do príncipe Siegfried.
Apesar da trama comum, "O Lago dos Cisnes" alia harmonia cênica a uma escritura coreográfica que se tornou modelar ao longo da história. De autoria de Marius Petipa e Lev Ivanov, a coreografia é famosa por exigir a mesma bailarina para o duplo papel de Odete-Odile.
Na produção que o Balé Real Sueco mostrará no Brasil, "O Lago dos Cisnes" será estrelado por Anneli Alhanko, primeira bailarina do grupo. Filha de diplomata, Anneli nasceu na Colômbia, onde viveu até os três anos. Reconhecida por seus dotes líricos, em 1990 foi condecorada pelo rei Carlos Gustavo, da Suécia -o que lhe deu o título de bailarina da corte.
Nos últimos dois anos, o Balé Real Sueco foi dirigido pelo inglês Simon Mottran. A partir de dezembro deste ano, Mottran será substituído pelo bailarino dinamarquês Frank Andersen, 42.
Embora pretenda manter o ecletismo do Balé Real Sueco, cujo repertório inclui peças clássicas e contemporâneas, Andersen quer proporcionar ao grupo maior conhecimento sobre a obra de August Bournounville (1805-1879), coreógrafo que desenvolveu o balé na Dinamarca.
Andersen reconhece que pouco tem a fazer quanto ao nível técnico e artístico do Balé Real Sueco, que costuma ser impecável em suas apresentações.
Sediado no Teatro da Ópera de Estocolmo, o Balé Real Sueco foi criado em 1773 pelo rei Gustavo 3º. Para competir com a agitação cultural estimulada pelo rei francês Luís 15, Gustavo 3º levou para seu país o coreógrafo francês Louis Gallodier que, desde o início, formou um elenco de 75 bailarinos.

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