São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Hipótese é `ridícula', diz bispo

MYRIAM VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O bispo de São Félix do Araguaia (MT), d. Pedro Casaldáliga, disse que as hipóteses contidas no Documento de Exercício são ``arcaicas, absurdas e ridículas". Segundo o bispo, oficiais com quem conversou durante a Operação Araguaia negaram que o trabalho tivesse relação com controle de atuação de ONGs e igreja.
D. Antônio Sarto, bispo de Barra do Garças (MT), diz que a ação do Exército se ``justifica". ``Eles têm de treinar para saber como agir caso aconteça algo semelhante."
``Pode haver de tudo por aqui, menos clero revolucionário e progressista. Já passamos dos 40 e alguns padres têm até 89 anos", disse d. Foralosso, bispo de Guiratinga, vizinho à região.
O pastor luterano Teobaldo Witter, presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Henrique Trindade, que investiga conflito em 13 de setembro entre sem-terra e a Polícia Rodoviária Federal em Nova Xavantina, diz ter dúvidas quanto à ação do Exército. ``Fico pensando em até que ponto não haveria tentativa de desmoralizar o trabalho das ONGs." (MV)

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